A autoestima feminina é cheia de altos e baixos. Nem sempre estamos bem ou temos autoconhecimento suficiente para compreender quem somos, para o quê fomos criadas e qual é o nosso propósito de vida. Que tal conversarmos um pouco sobre este assunto, principalmente no que diz respeito à trajetória de uma mulher cristã?
Como a Bíblia trabalha o conceito de autoconhecimento?
O autoconhecimento diz respeito ao conhecimento que uma pessoa tem de si mesma. Para isso, muitas pessoas vão em busca de práticas de meditação, reflexão pessoal e investigação de seu “eu interior” para descobrir quem de fato elas são, quais qualidades possuem, quais são seus pontos fracos e como podem ser melhores a cada dia.
A Bíblia também nos ajuda com esse conceito, sabia? Neste caso, conhecendo a Deus poderemos conhecer a nós mesmas:
- Ele nos criou desde o ventre de nossas mães para glorificar a Ele e fazer boas obras (Salmo 139:13-14 e Efésios 2:10);
- Ele nos predestinou para sermos suas filhas, santas e irrepreensíveis (Efésios 1:4-6 e 1 João 3:1);
- Ele nos ofereceu a benção da graça (João 15:5);
- Ele nos alertou para não tenhamos um conceito elevado demais de nós mesmos, mas sim que tenhamos equilíbrio e fé (Romanos 12:3);
- Ele pediu que sejamos corajosos e fortes (Daniel 10:19 e Josué 1:9).
Esses são apenas alguns exemplos de como a Bíblia trabalha e nos ajuda a compreender o nosso propósito de vida. O fato é que Deus nos criou com determinado objetivo e é nisso que devemos nos apegar quando falamos de autoestima.
O que a Bíblia fala sobre autoestima feminina?
“Não se vendem cinco pardais por duas moedinhas? Contudo, nenhum deles é esquecido por Deus. Até os cabelos da cabeça de vocês estão todos contados. Não tenham medo; vocês valem mais do que muitos pardais!” – Lucas 12:6-7
Vejam que passagem bíblica bonita, singela e reveladora!
Na fase adulta, nós temos aproximadamente de 100 mil a 150 mil fios de cabelo na cabeça. Já pensou Deus contando fio a fio que cada uma de nós possui? É muita coisa! Mas ele sabe e se importa com cada detalhe da nossa vida.
Então, como podemos nos amar pouco sabendo que há um Deus que nos criou à imagem e semelhança dele? Quando sabemos a nossa identidade em Cristo, passamos pelo processo de autoconhecimento e entendemos o real significado da autoestima feminina.
Não tenham medo; vocês valem mais do que muitos pardais!
Entenda a importância dos valores cristãos na jornada para o autoconhecimento
Pensar em nosso propósito de vida é também pensar na dádiva da criação de Deus, pois ele nos fez e nos moldou conforme os planos dele para nós. E, para obedecer corretamente ao mandamento de amar o próximo, precisamos primeiro aprender a nos amar. E amar de verdade, não só da boca para fora, viu?
1. Não tente se encaixar nos padrões do mundo
O primeiro passo para melhorar a autoestima feminina é não tentar vestir o sapato que não te serve. Por que ficar tentando se encaixar naquele padrão “perfeito” de mulher, mãe, esposa, profissional que a mídia e as redes sociais impõe?
Só parece perfeito porque tem filtro, vai por mim… A realidade é diferente para todas nós, inclusive para as artistas e celebridades! Não tente entrar forçosamente numa bolha que não é sua.
Lembre-se do conselho que o apóstolo Paulo deu aos Romanos, no capítulo 12, verso 2: “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”
2. Lembre-se para o quê você foi criada
Quem te criou foi Deus, mulher! Ele planejou cada uma de nós, a nossa personalidade, a nossa família, a nossa aparência e toda a nossa vida. João 3:1 diz: “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus.”
Você foi criada para ser filha amada, escolhida a dedo pelo Senhor, desde o seu nascimento até o seu último fôlego de vida! Então, trabalhe isso em sua mente todos os dias para que você permaneça fortalecida.
3. Tenha um propósito firme de vida
Deus chamou a todos nós para uma vida próspera e de esperança ao lado dele. Além dos mandamentos de amar uns aos outros e de pregar o evangelho a toda criatura, cada uma de nós possui talentos e dons. Então, qual é o seu?
Talvez você seja uma ótima cantora, palestrante, escritora, costureira, mãe, esposa, filha, boleira e muito mais. Deus entregou talentos em suas mãos e, independente de quais sejam, Ele usará para o bem do Reino. “Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!” – Romanos 11:36
Talvez você não saiba o seu propósito tão claramente agora, mas não tem problema. Siga vivendo sua vida, amando as pessoas e fazendo o que você tem de melhor a oferecer no momento. A vida muda, nossos sonhos se adaptam e nosso propósito pode ser diferente em cada etapa que vivemos.
4. Evite comparações
Uma das coisas ruins que as redes sociais trouxeram foi a comparação. As gerações mais antigas não tinham muito em quem se comparar, a não ser com as pessoas que conviviam na igreja, na escola, na vizinhança ou na família. O ciclo social da maioria era mais restrito e, por sua vez, o efeito da comparação era menor.
Então, se você quer ter uma boa autoestima feminina e permanecer firme em seu propósito de vida, evite se comparar com outras mulheres. Cada um tem o seu tempo determinado para todas as coisas e ficar observando quem tem mais ou menos, quem é mais bonita, quem tem o melhor marido ou o emprego mais legal só vai gerar frustração.
Como o autoconhecimento impacta na autoestima feminina?
“Nabal era o nome deste homem, e Abigail, o de sua mulher; esta era sensata e formosa, porém o homem era duro e maligno em todo o seu trato […]” – 1 Samuel 25:3
A autoestima feminina está diretamente ligada ao autoconhecimento e podemos ver isso nitidamente por meio da história de Abigail, esposa de Davi.
A Bíblia nos conta que antes dela ser esposa dele, foi casada com Nabal, um homem completamente rude e grosseiro. Inclusive, em hebraico, o nome dele significa “louco”. Ela, no entanto, era sensata e formosa. Ao invés de ceder às chantagens e agressividade de Nabal, não se deixou levar pela desvalorização e manteve-se firme em seus propósitos e foi defensora de sua casa.
A partir dessa história podemos ver nitidamente que Abigail tinha autoconhecimento, pois sabia quem era; e autoestima, pois reconhecia seu próprio valor. Quando compreendemos verdadeiramente isso, dentro do nosso coração, paramos de nos distrair com os padrões do mundo, com os ambientes ou pessoas ruins, com a comparação ou qualquer outro fator que pode tirar o nosso foco.
Lembre-se que o Senhor sabe até quantos fios de cabelo você tem na cabeça, então por que ele também não se iria se preocupar com os seus sentimentos? Tenha isso em mente e não deixe de elevar sua autoestima feminina!