Há 9 anos eu postei um vídeo no Youtube contando minha trajetória com o feminismo sendo cristã. Como eu tinha conhecido a ideologia, que livros tinha lido e como aquilo afetou cada espaço da minha vida. Há 9 anos esse assunto não era uma pauta quente, por isso, não tinha feito tanto barulho e nem recebido grandes ondas de ódio por expressar minha opinião.

Só que os tempos mudaram e nesse ano, depois de inúmeras perguntas sobre ser ou não feminista, sobre me identificar ou não com grupos anti feminismo, falei que explicaria sobre isso numa palestra online e aí… o ódio desceu quente. Fui ofendida de todas as formas, com agressões violentas porque eu queria dar a minha opinião.

Sim, é assim que acontece hoje em dia.

Eu prometi falar da base teórica que me atraiu, da prática que vivenciei e SOBRETUDO da minha experiência pessoal como esposa e mãe. Isso é intimo e também poderoso, pois a gente não sai dando a vida privada assim, de qualquer modo. Mas já tem 6 meses e eu fiquei pensando seriamente se valeria a pena enfrentar tanto insulto por um tema.

Decidi que essa agressão, velada ou descarada era o sintoma de um tempo e eu estou aqui há tempo demais para me esquivar de opinar. Sei que existem mulheres convictas de um lado e de outro. Anti feministas fortes e feministas engajadas. Mas não é pra elas que quero falar. Minha palestra é pra conversar com você, mulher, que não sabe direito porque existe tanta emoção nesse assunto, como ele afeta a vida da mulher e como a ausência dele é um medo. Para você mulher cristã que não entende porque um lado diz que é impossível ser de Deus sem se importar com a causa e o outro diz que não há coerência em seguir a Cristo e defender o feminismo.

É com você que nem sabe da origem, nem da base e nem do que faz com a gente. Para você mulher que vive nessa época polarizada em que até procurar respostas é perigoso. É para você que não quer ler algumas dezenas de livros prós e contras até formar uma opinião, mas quer o atalho do que eu aprendi nesses anos sobre o tema.